Numa conversa com a minha mãe enquanto estava a preparar uma "Orca Ball" para a Lany:
e ela comentou que achava aquilo uma tortura para a cadela ter de andar às voltinhas com aquilo para comer.
Nem de propósito, encontrei um artigo interessante sobre a gratuitidade dos alimentos que damos diariamente aos nossos cães.
Sinceramente, vale a pena pensar nisto:
Esquilos gostam de trabalhar pela sua comida
Muitos animais
preferem trabalhar pela sua comida do que obtê-la de graça, refutando a teoria
económica padrão.
Acabei de ler uns livros fascinantes de Dan Ariely que
explica alguns dos aspectos positivos que a irracionalidade tem nas nossas
vidas, baseando-se em alguns estudos psicológicos antigos e outros mais
recentes.
O artigo
que se segue baseia-se no livro “TheUpside of Irrationaity: The Unexpected Benefits of Defying Logic at Work and atHome” de Dan Ariely, Harper Collins (2010)
“Contrafreeloading” (em português é qualquer coisa como “contra-comida
de graça”) é um termo usado pela etologista Glen Jensen, e refere-se ao facto
de que os animais preferem merecer a sua comer do que comer sempre a mesma,
mesma que esta seja de livre acesso.
Para melhor entender a alegria de trabalhar pela comida,
Glen Jensen usou ratos adultos albinos para testar o seu apetite pelo trabalho.
Imagine que é um rato participante neste estudo. Depois de uns dias a obter
bolachas de um homem de bata branca, sempre à mesma hora, você aprende a
esperar comida sempre aquela hora e a sua barriga começa a roncar precisamente
antes do homem de bata branca aparecer – exactamente o que Glen Jensen espera
que aconteça.
Assim que o seu corpo está condicionado a comer bolachas a
uma hora determinada, as coisas mudam repentinamente. Em vez de ser alimentado
na hora em que está com a sua fome no máximo, tem de esperar uma hora. Passada
essa hora, o homem da bata branca coloca-o numa caixa com uma barra que você
pisa acidentalmente e liberta uma dose de comida. Espectáculo! Você pressiona
novamente a barra. Maravilha! – Mais uma dose de comida. Você pressiona mais
uma vez, e outra, comendo alegremente, quando de repente a luz se apaga e ao
mesmo tempo, a barra deixa de providenciar comida. Depressa vai aprender que
assim que a luz se apaga, por mais que pressione a barra, deixa de haver
comida.
De seguida, o homem da bata branca abre a caixa e coloca um
pequeno copo no canto da caixa. Você não presta atenção ao copo. Apenas quer
que a barra recomece a libertar comida. Você pressiona e pressiona, mas nada
acontece. Desde que a luz esteja apagada, pressionar a barra não lhe serve de
nada. Você começa a vaguear pela caixa e chega ao copo. “Elah! O copo está
cheio de comida! Comida Grátis!!” você começa a comer e de repente a luz
acende. Agora apercebe-se que tem duas possíveis fontes de alimento. Você pode
continuar a comer a comida do copo, grátis ou pode voltar à barra e
pressioná-la para obter comida. Se você fosse este rato, o que preferia fazer?
Assumindo que você pensa como os ratos (excepto um) do
estudo, você decidiria não comer tudo do pequeno copo. Mais cedo ou mais tarde
retornaria à barra para pressioná-la em troco de comida.
Jensen descobriu que muitos animais incluindo peixes,
pássaros, gerbos, ratos, ratazanas, macacos e chimpanzés – tendem a preferir
uma via mais longa e mais indirecta para obter comida do que uma via mais curta
e directa. Isto é, desde que não tenham de trabalhar demasiado, o animal vai
preferir ganhar a sua comida. De facto, a única espécie que, segundo estes estudos, prefere não
trabalhar pela comida é o tão louvavelmente racional gato.
A ideia geral do contrafreeloading contradiz a ideia
económica de que o organismo irá sempre preferir maximizar a sua recompensa
pelo mínimo de esforço.
Para mais informações:
2. NPR
reading of Predictably Irrational: The Hidden
Forces That Shape Our Decisions
3. NPR
interview of behavioral economist Dan Ariely about his new book, The Upside of Irrationality.
Artigo original aqui
o que a tua mães te disse foi o que a minha madrinha me disse .. qeu eu estava a fazer mal a eles porque os deixava ogados a tentar tirar a comida lá de dentro e porque ficava o cheiro e eles iam sempre querer mais mas não havia .. bem cá em casa foi uma guerra e até quiseram deitar o kong fora mas eu impus-me e ainda tenho o kong só que agora dou-lhes ás escondidas ..
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